Hoje temos um post que fora muito requisitado: afinal, o que temos para fazer no Chuí, a última cidade do Brasil?
Chuí é uma cidade fronteiriça, que possui uma extensa praia (em Barra do Chuí) e um destino onde a integração de culturas BR/URU é um atrativo encantador. Basta um pouco de desatenção na direção ou apenas uma pequena caminhada e você não está mais no Brasil e sim em território uruguaio.
Aqui, espanhol e português se misturam, em um local onde as pessoas não falam nem português plenamente, nem espanhol em sua totalidade. Soma-se a este cenário cultural intenso, um cenário natural, uma gastronomia diferente e bons serviços para aqueles que pretendem fazer a fronteira.
BARRA DO CHUY
Brasil e Uruguai possuem cidades chamadas Chuí (no caso uruguaio é Chuy), e ambos possuem a Barra do Chuí/Chuy. Mas, vamos focar as nossas energias em conhecer num primeiro momento a Barra do Chuy (com Y, a uruguaia). Chuy possui o balneário mais oceânico do paisito, e é um local de uma biodiversidade bem intensa.
Tanto o seu mar, como a sua costa abrigam um número bem grande, tanto de flora como de fauna. Para aqueles que gostam de se aventurar por dunas, Barra do Chuy possui quilômetros delas, perfeito para caminhadas ou passeios a cavalo.
O grande atrativo de Barra do Chuy são seus quase 4 quilômetros de litoral cercado por vegetação selvagem e altas dunas. As praias são bastante isoladas, por isso são perfeitas se você prefere ambientes mais tranquilos.
AS BALEIAS
Ainda nas praias do Chuy, podemos nos atentar sobre a possibilidade de observação de baleias.
Mirador La Mano é um ponto estratégico para observação de baleias, que acontece de julho a outubro. Durante estes meses, todo o litoral uruguaio tem o privilégio de receber a visita da majestosa Baleia Franca Austral. Além disso, durante todo o ano o miradouro é um bom ponto para avistar golfinhos, golfinhos, aves limícolas e aves aquáticas.
BARRA DO CHUÍ
Atravessando para o lado brasileiro você encontra a Barra do Chuí, balneário de beleza singular e que compartilha o nome com o seu irmão uruguaio.
É uma barra que fica em frente ao mar aberto, ideal para você que quer relaxar em um ambiente seguro, e sem a perturbação de música alta. É possível ir caminhando até o Farol da Barra, que pertence a marinha brasileira e é o principal ponto turístico da região.
Caso você queira um pouco mais de estrutura, recomendo uma passada na Praia da Alvorada, onde você encontrará casas, cabanas, restaurantes e bares. É uma parte com mais gente e por isso, mais movimento.
COMPRAS
Chuy é conhecida pelos uruguaios/brasileiros como um ótimo local de compras a preços baixos, o que torna os seus vários comércios um atrativo da cidade. Chuy e Chuí formam um grande shopping a céu aberto.
Em suas principais avenidas encontramos shoppings e free shops para todos os gostos (e bolsos). São lojas que vendem de tudo, desde perfumes, cosméticos, roupas, itens de bazar e “de tudo um pouco”.
Das avenidas, a principal é a Avenida Internacional, justamente a avenida que traça a fronteira entre o Brasil e o Uruguai. É a avenida mais movimentada e onde existem as melhores lojas/free shops.
ARROIO CHUÍ
O Arroio Chuí funciona como fronteira natural entre esses países. Seu nascimento ocorre no município brasileiro de Santa Vitória do Palmar, e a partir daí inicia sua jornada delimitando a fronteira entre o Uruguai e o Brasil. Após um percurso de 45 km, deságua no Oceano Atlântico.
MUSEU ATELIER HAMILTON COHELLO
Esta atração turística leva o nome de Hamilton Cohello, artista que mora no extremo sul do Brasil há 23 anos e é conhecido como “o último morador do Brasil”, ou o primeiro, dependendo de onde você olha.
O artista mora em uma casa-museu localizada próxima à ponte internacional, a 200 metros da fronteira com o Uruguai, na Avenida Uruguai. Lá você encontrará restos fósseis e esculturas que o artista montou com materiais coletados no mar, como cordas, troncos, restos de barcos e ossos de baleia.
FORTE SÃO MIGUEL
O forte San Miguel (do lado uruguaio) é a principal atração da região. Portugal e Espanha disputaram territórios na região sul do Brasil e norte do Uruguai, por isso, em 1734 os espanhóis construíram este forte.
Engraçado que a obra foi iniciada pelos espanhóis, mas a região foi dominada pelos portugueses, que concluíram a obra. Em 1763 a Espanha recuperou o controle da região, e assumiu a administração do forte.
Em 1923 o forte foi recuperado pelo governo uruguaio e declarado Monumento Histórico Nacional.