A Serra de Santa Catarina é nacionalmente reconhecida como um dos principais locais para turismo de inverno no Brasil.
Esta parte do Brasil tem um toque de tudo, selva densa, cascatas impressionantes, excelente gastronomia, natureza selvagem e pequenas cidades. Embora seja um dos estados mais pequenos do país, Santa Catarina é um destino único.
São várias as cidades que compõe a região, entretanto, no post de hoje, o BLOG DESPACHADOS, dará atenção especial para a cidade de Urubici.
URUBICI
Urubici é uma das cidades mais altas do Brasil, está localizada a cerca de 900 metros acima da costa, e é um dos principais destinos para ser conhecido no inverno sulista. A cidade faz parte de uma rota de inverno incrível, que inclui São Joaquim, Bom Jardim da Serra, Urupema e Lages.
Destaca-se a cascata Véu da Noiva e o Morro da igreja que é considerado o local mais frio do Brasil (o morro fica a incríveis 1822 metros acima do nível do mar).
QUAL A MELHOR ÉPOCA PARA CONHECER?
Apesar de a cidade ser frequentada por turistas todo o ano, é no inverno que ela é particularmente agitada.
Se você, assim como eu, é uma pessoa que ama o frio, a neve e a boa gastronomia, é entre os meses de junho e agosto que você deve ir até a cidade. É bem verdade que esses são os meses mais caros para o turismo na cidade, entretanto, tem um porquê.
As temperaturas locais chegam a incríveis -5 graus durante a noite, e não é raro ver pessoas dormindo nos carros na busca de poder brincar com a neve. A neve não é uma certeza em Urubici ou São Joaquim, entretanto, quase todos os anos “ela aparece”.
QUAIS OS PRINCIPAIS ATRATIVOS TURISTICOS DE URUBICI?
A região é composta de diversos atrativos turísticos e a maioria deles tem a visita gratuita ou com valores muito módicos. Mas, atenção: é praticamente impossível fazer turismo na cidade sem um carro ou uma moto.
Os sistemas de transporte público nas cidades da serra são praticamente inexistentes, e as agências de turismo, na sua maioria, não contam com transporte. Urubici não foge à regra, então, atenção a este ponto.
Mas, voltando aos locais, destacamos: Morro da Igreja e a Pedra Furada, Serra do Corvo Branco, Cascata Véu da Noiva, Gruta Nossa Senhora de Lourdes, Pedra da Águia e o Cânion do Espraiado.
MORRO DA IGREJA E PEDRA FURADA
O Morro da Igreja é o principal ponto da região. É lá que operam as bases de monitoramento de temperatura dos estados de Santa Catarina e também do Rio Grande do Sul. E é lá, também, que a Aeronáutica instalou a CINDACTA II.
De cima do morro é possível ver toda a parte sul de Santa Catarina, com destaque especial para a Pedra Furada, uma “escultura” natural. É literalmente uma pedra que está furada, com uma circunferência de trinta metros.
Pode ser visitado durante todo o ano, mas é no inverno que as temperaturas caem muito, associado aos fortes ventos que fazem na região, e com grandes possibilidades de neve.
O acesso ao Morro da Igreja é limitado, ou seja, há um controle na portaria do parque. Por isso, é necessário chegar ao local munido de uma autorização. Essas autorizações podem ser conseguidas nas próprias pousadas ou então na sede do Parque Nacional de São Joaquim, que fica na Av. Pedro Bernardo Warmling, 1542, Urubici (de 08:00 a 12:00 e de 14:00 a 16:30).
O acesso para o parque é bem tranquilo e gostoso de ser feito. São vinte e seis quilômetros saindo do centro e com todo o perímetro pavimentado.
SERRA DO CORVO BRANCO
A Serra do Corvo Branco é uma daquelas serras que parece que foram tirados de algum filme europeu. É uma rota formada por montanhas e centenas de curvas.
Subir e descer a serra é uma aventura por si só, isso pois, apenas uma pequena parte da serra é pavimentada. Existem alguns mirantes para o avistamento das montanhas e esses rendem excelentes fotos.
Não é recomendado dirigir a serra com veículos muito grandes, tendo em vista que existem curvas que são deveras fechadas, assim como também não é recomendado dirigir com carros muito fracos, já que estes não possuem força no motor.
A serra é parte da SC 439, está localizada a cerca de trinta quilômetros do centro de Urubici e vale muito a visita, pelo menos na parte superior (Urubici já está no alto, então você não precisa subir muito para chegar ao topo, o local mais famoso).
VÉU DA NOIVA
A famosa cachoeira leva este nome pois a forma em que a água cai lembra muito o véu de uma noiva.
Encontra-se em uma propriedade privada (e por isso é necessário pagar), onde, além de apreciar a própria cachoeira, é possível ir ao restaurante, aproveitar a tirolesa e ir aos seus mirantes.
O Véu da Noiva fica a aproximadamente trinta quilômetros da cidade, tem o acesso todo pavimentado e vale muito a pena.
GRUTA NOSSA SENHORA DE LOURDES
Essa gruta é bem famosa na região pois é uma “cova natural” que acabou se formando na localidade. O conjunto natural é formado pela cova e uma grandiosa cachoeira.
É “dentro” da cachoeira que você encontrará a gruta e a imagem em homenagem a Nossa Senhora de Lourdes. Para ir até a gruta é necessário passar por uma escadaria e uma pequenina trilha que lhe levará para a parte de trás da cachoeira.
O acesso é muito fácil, tem entrada gratuita e fica a apenas onze quilômetros do centro da cidade.
PEDRA DA AGUIA
A Pedra da Águia é uma enorme formação rochosa (de arenito) que recebeu esse nome pois lembra muito uma águia.
Se encontra a apenas vinte e seis quilômetros do centro da cidade. Para chegar até lá basta utilizar a SC-370 em direção a Serra do Corvo Branco. Após o término do asfalto, você vai seguir 4 km de estrada de terra sentido a comunidade do Canudo.
Todas as propriedades em torno da Pedra da Águia são particulares, por este motivo não há estruturas turísticas como restaurantes ou pontos de apoio, há apenas um portão de entrada e um estacionamento particular. Este estacionamento também marca o começo da Trilha do Cânion Espraiado.
CASCATA AVENCAL
Outra cachoeira que é um dos símbolos da região, a Cascata Avencal tem aproximadamente cem metros de queda livre, e pode ser visitada tanto “por cima, quanto por baixo”.
Na parte superior encontramos dois tipos de parques, com dois tipos de visita. O primeiro, com a entrada pela direita, oferece um ponto de vista do lado direito da queda de água, com inclusive, uma réplica da Pedra Furada para a tomada de fotos.
Já a segunda possibilidade é a visita que acontece pelo lado esquerdo (a que eu acho mais legal) onde há um mirante para a observação da queda de água.
Há também uma tirolesa que passa próximo a cachoeira, passeios a cavalo, um lago com pedalinhos e algumas outras atrações turísticas.
De todos os locais da região é o que conta com a maior exploração turística e por isso um dos mais caros (algo em torno de vinte reais por pessoa, a depender da época).
INSCRIÇÕES RUPESTRE
As inscrições rupestres da região foram feitas a aproximadamente quatro mil anos. São alguns poucos desenhos feitos em um paredão de cor alaranjado.
Sinceramente eu não recomendo muito a visita pois é bem sem graça. O local não conta com nenhum tipo de guia e lhe deixa “meio que sem” informações.
Fica na SC 430, próximo a São Joaquim (a 3 quilômetros do centro).