Vai viajar para a Argentina e não sabe como se organizar?
Acalme-se estamos aqui para te ajudar: o blog DESPACHADOS começará uma série de textos para você, caro leitor e cara leitora, que quer viajar e quer viajar barato.
Buenos Aires é uma cidade com muita vida, com um estilo que recorda (muito) uma cidade europeia e que está bem perto do Brasil. Costumo dizer que Buenos Aires “mata a vontade” de muito viajante de ir para a Europa, tendo em vista que muitos dos seus prédios foram projetados à semelhança dos grandes edifícios lá do outro hemisfério.
Com luz própria, cada bairro é especial de uma forma única e com uma oferta cultural muito rica. Passamos 50 dias na capital portenha e montamos essa série de textos para lhe ajudar a preparar a sua viagem
Para que você aproveite o máximo o tempo da sua viagem, traremos para você um roteiro com as principais atrações da região central da cidade de Buenos Aires, onde não faltarão lugares especiais, como o Centro Histórico e a Avenida “9 de Julio”.
Em um primeiro dia de viagem recomendamos você visitar a área conhecida como micro centro, ou seja, o coração da cidade. É lá que você encontrará muita História e cultura!
Café Tortoni: Construído em 1858, bem no coração da cidade, o “Café Tortoni” é o principal ponto turístico gastronômico do país. Seu nome é uma cópia do famoso Café Tortoni que existia no século XIX na cidade de Paris. Foi fundado por um imigrante francês chamado Touan, que queria um restaurante como os restaurantes franceses e não encontrava nenhum na cidade.
O café é um local para turistas, não espere encontrar locais fazendo alguma refeição antes ou depois de ir trabalhar. Lá você vai encontrar muitos latinos e em especial os brasileiros, que fazem filas e filas para irem ao famoso local.
É um café chique que a cidade de Buenos Aires possui. Consideramos ele mais caro do que deveria ser, além disso, prepara-se para as longas filas de brasileiros que querem conhecer a tão famosa cafeteria portenha. Para quem já foi ao Rio de Janeiro, é similar a Confeitaria Colombo, ambas são caras, mas contam um pouco da História local.
Praça de Maio: Não é a praça mais bonita da América do Sul, entretanto, é a praça mais intensamente usada pelos seus cidadãos e seus governantes ao longo de sua própria História. É chamada de Praça de Maio em homenagem a revolução que aconteceu em 25 de maio de 1810 nesse mesmo local. Foi nessa praça que se iniciou o processo de independência da Argentina.
É um passeio curto que existe bem no coração da cidade de Buenos Aires, basicamente um local para tirar fotos, muitas fotos. Se destaca por ser um passeio gratuito em que, além das fotos, você pode observa a vida cotidiana. Centenas de milhares de argentinos cruzam a praça todos os dias em meio as suas atividades cotidianas.
Casa Rosada: O edifício mais imponente e importante da Praça de Maio, é a sede do poder Executivo da Argentina. Lá dentro você encontra o gabinete do presidente da nação, que, por curiosidade, chega quase todos os dias para trabalhar de helicóptero.
O local ocupa um lugar estratégico na antiga Colônia Buenos Aires, concebida para ser um forte, foi também durante muito tempo uma alfândega. Acredito que a maior diferença entre Buenos Aires e as outras capitais da América Latina é que você nem nota que os espanhóis passaram por aqui. E a Casa Rosada é a “prova” viva disto, já que não fora concebida para ser a sede do poder administrativo colonial.
Cabildo: O Museu Histórico Nacional do Cabildo e da Revolução de Maio (nome que ninguém usa) era o edifício a partir do qual se organizava o governo do país durante o período colonial. É um edifício que foi reconstruído na década de 1940, mas que recria sua aparência original, do período colonial.
A palavra “cabildo” significa prefeitura, e o atual local, apesar de cenográfico, mostra bastante sobre a História da colonização e da independência da Argentina. É também a melhor vista da Casa Rosada que existe na cidade. É um dos vários passeios gratuitos que existem no centro e nele você se entretém bastante com a sua mostra permanente.
Catedral Metropolitana de Buenos Aires: Talvez o edifício com a arquitetura mais curiosa de todas, já que não se parece com uma típica catedral por fora, tendo a aparência de um templo grego. No seu interior se destaca o mausoléu com os restos mortais do General San Martín, um dos heróis nacionais no processo de independência da Argentina.
Para os turistas o templo ficou ainda mais famoso com a ascensão de Jorge Mario Bergoglio como Papa Francisco. Conta com missas diárias, mas, é reconhecida mesmo como um espaço de turismo e não de fé.
Passear pelo centro é estar rodeado de passeios gratuitos. Aqui você faz o seu passeio observando suas colunas internas, seus vários quadros e, quem sabe (se for católico) pode participar de uma missa.
Obelisco: Perto da Praça de Maio e de tudo que ela proporciona você encontrará um dos símbolos da cidade de Buenos Aires, o Obelisco da “Avenida 9 de Julio”.
Monumento histórico erguido em 1936 é um daqueles pontos turísticos que não tem muito espaço para a interação. Você não ganha nada ao tocá-lo, tampouco é possível entrar e/ou subir nele, seus 67,5 metros de altura chamam a atenção por quem passa no local. É um dos maiores símbolos da cidade e foi construído para ser um símbolo laico em uma cidade que abunda de símbolos religiosos. Como apontou seu próprio criador, o arquiteto Prebisch: “el Obelisco no significa nada”.
Fotogênico, o Obelisco é apenas um ponto de referência para quem está passando. Em uma viagem a Buenos Aires você constantemente estará passando por ele, seja a pé, seja de carro / transporte coletivo. Depois que você tira suas fotos, ele “perde” um pouco do seu encanto e vira “só mais uma coisa na cidade”.
Letreiro da cidade: Ao lado do Obelisco você encontra as famosas letras “BA” arborizadas, onde cada visitante que passa pela cidade tira várias fotos de recordação.
Costumamos dizer que é a oportunidade perfeita para uma foto bem conceitual. O local é inconfundível e você registra para a eternidade a sua passagem pela cidade de Buenos Aires. Lembrando: é gratuito, basta apenas você pegar uma pequena fila de turistas.
Além disso, não deixe de percorrer um trecho da “Avenida 9 de Julio”, uma das avenidas mais largas do país e quem sabe do mundo. Nela você encontrará uma série de serviços disponíveis como lojas populares, lojas de grife, restaurantes e espaços diversos.
Rua Florida: Principal calçadão da cidade de Buenos Aires, a “Calle Florida” foi a rua que mais se transformou ao longo de todo o século XX. Se no século XIX era conhecida como a rua mais elegante que existia na cidade, foi no século XX que se transformou em que um espaço exclusivo para pedestres.
Um dos tantos passeios “gratuitos” que existem na região centra da cidade. Apesar de ser uma rua/calçadão, prepare-se, brasileiros são constantemente abordados para as mais diversas propostas: trocar dinheiro, fazer algum passeio específico ou quem sabe visitar um show de tango.
Galerias Pacífico: Projetada pelos arquitetos Agrelo e Levacher em 1889, foi remodelada pelos arquitetos Aslan e Ezcurra em 1946 e se transformou no espaço mais requintado do centro da cidade de Buenos Aires. As galerias foram construídas antes do “crack” financeiro de 1929, um período de opulência e riqueza de todo o mundo. O projeto inicial nunca fora concluído, mas ainda assim, o espaço é imponente.
A Galerías Pacífico se apresenta como sendo não apenas um shopping, mas um espaço de compras, de apresentações culturais e de alimentação. Existem lojas de grife para os que possuem dinheiro e também uma modesta praça de alimentação.
Em cidades tão grandes e com tantos estímulos é difícil criar um roteiro único que satisfaça a todos, cada viajante tem um tipo de viagem e de roteiro. Por isso neste primeiro roteiro apresentamos para você apenas a região central da cidade de Buenos Aires, deixando para um outro momento bairros muito importantes para o turismo como a Boca, San Telmo, Palermo e Puerto Madero.
Agora que você sabe o quanto a região central de Buenos Aires tem a oferecer, aqui vão algumas últimas recomendações e dicas gerais úteis para a sua estada.
Buenos Aires é seguro? De uma forma geral, a partir da nossa experiência: é sim. Por ser uma capital, uma cidade grande, algumas precauções são sempre o melhor caminho. É ideal que você chame pouca atenção, caso esteja de mochila, passe as duas alças nas costas, se com o celular, fique sempre atento ao usar. É preciso ter um cuidado especial quando andando de metrô ou ônibus, mas acredite, é muito mais seguro andar por Buenos Aires do que por grandes cidades brasileiras como Rio de Janeiro e São Paulo.
Como andar por Buenos Aires? O transporte público funciona muito bem na cidade, operando muitas horas em quase todos os dias do ano. O metrô (chamado SUBTE) e o ônibus são as melhores opções. Lembre-se que para usá-lo você terá que comprar um cartão chamado SUBE e carrega-lo com crédito. Você pode fazer a recarga em qualquer estação de metrô ou em um dos muitos quiosques da cidade.